segunda-feira, 22 de agosto de 2011

DE LER A ESCREVER - II -




Se o que capto assim se expõe como o escrevi, então vivemos na ilusão da luz, por contraste antinómico do som.
Na ilusão do espaço ao arrepio do tempo.
Do tempo disponível …
Na ilusão de uma mesma velocidade de onda desdobrada, refractada qual miragem, em duas:
Luz e som.
E quanto mais corremos atrás da luz menos dela vemos, na impossibilidade, a não ser simulada, de a alcançar, a capacidade de a ultrapassar.
E se som e luz são manifestações de uma mesma onda refractada, com a luz em fundo, mais depressa pelo som, essa velocidade já ultrapassada, humana por estar, qual ponte, ao nosso alcance, conseguiremos, em tempo útil, atingir velocidades inter-galácticas.
Chegar às estrelas …!
Na escrita em que ambos, luz e som se cristalizam, Passado e Futuro se conjugam no Presente.
Como qualquer documento escrito até nós, nas múltiplas interpretações que eles, em si mesmos, encerram, a essas dimensões as transportam consigo!



( na continuação, agora numa conversa que se expandiu por múltiplos interlocutores, privada e publicamente, tanto no facebook como na caixa de comentários do meu blogue )



Jaime Latino Ferreira
Estoril, 22 de Agosto de 2011

2 comentários:

manuela baptista disse...

e quem escreverá

nas estrelas?

Manuel Filipe Santos disse...

Adorei o texto e a pergunta.
Pessoalmente,
acredito que Alguém nelas escreveu
uma mensagem,
ainda não completamente decifrada,
e que essa mensagem é
a cada instante enriquecida.
Acredito ainda que o nosso contributo tem também reflexo nas estrelas...
Muito obrigado,
Manuel Filipe Santos.