sábado, 9 de fevereiro de 2013

A 4






De A7 a A6, a A5 e até chegar aqui.
À folha de carta.
Uma carta de amor.
Uma carta de amor onde te digo tudo e nada.
Tudo o que sempre disse e mais ainda no meio de tudo o que sempre fica por dizer:
Que não consigo viver sem ti e sem os teus mil e um encantos, sem a tua sedução.
Artes, afetos.
Dia após dia neste nosso abençoado bem-estar.
Neste nosso saber viver.

Meu amor,
Sem ti …
Sem ti nada seria porque sem ti definharia.
Sem ti, neste casulo que se reconstrói todos os dias numa metamorfose permanente que se transforma em crisálida e abre, voa para o mundo.
Que a ele se dá todos os dias.
Sem descanso ou apenas com aquele onde em ti repouso para recomeçar tudo outra vez.
Sem ti que seria de mim?
De mim em tudo o que te contei e que assim, logo no nosso longo e reflexivo envolvimento, aos dois, nos predispôs.
Sem ti.
Ó meu Deus, que seria de mim sem ti?


miniaturas, contagem decrescente 4



Jaime Latino Ferreira
Estoril, 9 de Fevereiro de 2013



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