segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

BLACKOUT OU POSFÁCIO







  
Passados que vão quase dois meses desde a minha última publicação, reitero o que escrevi, tudo o que escrevi nestes últimos cinco anos mais tudo aquilo que os precedeu e mantenho-me resiliente e em vigília, não o escondo e ao encontro do verbalizado por um Amigo meu, em blackout como em comentário já o anunciava na minha página anterior.
Blackout ou bloqueio de informação transmitida à comunicação social, como o define o Dicionário Priberam, neste caso aquela veiculada virtual ou mediaticamente, por parte de uma figura pública que o sou e independentemente do seu peso ou dimensão, logo por comunicar utilizando suportes que são públicos tais como o meu mural ou este blogue não deixam de o ser.
Não se tratando de uma crise de criatividade, afianço-Vos que, no meu caso, não menos difícil do que escrever, muito antes pelo contrário, é permanecer em público silêncio, apenas aqui, agora e à laia de posfácio quebrado para reforçar esta atitude de blackout em que permaneço.
O silêncio desencadeado por este meu blackout, estou certo, é portador de tanta ou mais informação do que toda aquela e já é muita, que até hoje e pela palavra escrita, por ventura igualmente silenciosa, Vos transmiti.
O meu silêncio, não sendo sinónimo de qualquer indiferença da minha parte, é tão empenhado ou envolvente como tudo o que, por estes meios, até Vós me conduziu.
Por sua via me consubstanciando, constituinte e fundacional, em reserva estratégica, permanecerei, pois e a menos que por imponderáveis fatores se justifique o contrário, nesta silenciosa atitude de blackout, em si mesma, tão musical como tudo aquilo que eu já escrevi.

Vosso




sem a expressão silenciosa da palavra, pelo não menos expressivo silêncio se afirma e fermenta, agora, a minha convicção que não esmorece e que, nem por isso, inibe os visitantes que a este meu blogue continuam, de fio a pavio, a confluir







Jaime Latino Ferreira

Estoril, 10 de Fevereiro de 2014